Pé-no-Rio

pé-no-rio
pé-no-rio
Existem muitos desenhadores que colocam reticências relativamente a desenhar pessoas. Os motivos são vários. Dizem que não sabem desenhar pessoas, não se sentem à vontade, não ficam quietas, etc.

Entre eles, existe um motivo que me parece necessitar de algum esclarecimento e tem a ver com a questão da apropriação da imagem. O tópico é polémico e “pantanoso”… No entanto gostaria de referir uma coisa importante. Existem dois direitos que entram em conflito quando falamos neste história do direito de imagem. Se por um lado existe o direito à imagem, que diz respeito ao direito que temos sobre a nossa própria imagem, por outro, e não menos importante, é o direito à representação. O facto de eu ir na rua e desenhar alguém não me coloca numa posição em que estou a violar o direito à imagem do observado. Eu estou simplesmente a gozar do meu direito à representação. A violação do direito à imagem coloca-se consoanto o uso que é dado posteriormente às representações (seja desenho, fotografia, áudio-visual, etc).

Ou seja, podem desenhar o que quiserem… tenham é cuidado com aquilo que fazem depois com essas imagens. Estes dois registos foram feitos na esplanada do Pé-no-Rio. Esposende, Portugal, 22.09.2012

2 comments

Leave a Reply

Your email address will not be published.

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.